Dermátomo é aparelho utilizado no Hugo para realizar enxerto de pele em pacientes

Com dermátomo, unidade do Governo de Goiás reduz tempo de cirurgia, internação e custos com curativos, com mais qualidade no atendimento ao paciente

Referência em urgência e emergência, o Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) oferece há 20 anos o serviço de microcirurgia, técnica utilizada para reconstrução de tecidos. A equipe da unidade, formada pelos cirurgiões Sérgio Lima, Denis Borba, Rudi Nogueira e Daniel Ribeiro Rezende, agora conta com o dermátomo, equipamento utilizado em cirurgias onde há necessidade da realização de enxerto de pele.

De acordo com diretor técnico do Hugo, Luís Henrique Gabriel, devido ao perfil epidemiológico da unidade, há uma demanda grande de enxertos. “Com o dermátomo, os enxertos ficam mais adequados, com melhor pega, reduzindo o tempo de recuperação dos pacientes”, afirmou.

Ele destaca que, muitas vezes, a necessidade do enxerto acontece devido a maceração do machucado que corta a irrigação sanguínea. “Quando os vasos voltam a funcionar normalmente, é realizado o enxerto. Quando a necessidade é por infecção, só depois de tratada que pode ser realizado o procedimento. O enxerto acontece num segundo ou terceiro momento de atenção ao paciente”, disse.

O cirurgião Sérgio Lima explica que, antes do aparelho, a equipe usava a faca de Blair, que em lesões extensas podia machucar a área doadora do paciente. “Os pacientes que perdem muitos tecidos têm necessidade da utilização do dermátomo. Aqui no Hugo, o aparelho está sendo usado em membros superiores e inferiores. Além de diminuir o tempo de cirurgia, de internação e os custos da unidade com curativos, a recuperação do paciente é melhor”, disse.

Dr. Sérgio ressalta as vantagens do dermátomo para equipe de microcirurgia reconstrutiva e cirurgia da mão do Hugo. “É um aparelho utilizado para realizar enxerto de pele nas grandes reconstruções. Os pacientes da unidade geralmente têm grandes lesões, e por isso a importância dele na reconstrução dos tecidos que foram perdidos”, revelou.

De acordo com o médico, o volume de cirurgias que utilizam o equipamento no Hugo é grande.“Aqui há muitos pacientes que precisam de reconstrução, pois são pacientes com perda de músculo, tendão, pele e osso. A microcirurgia entra fazendo a reconstrução, fazendo enxerto, retalho, enxerto de pele. O dermátomo vai facilitar o trabalho da equipe. Com a chegada do aparelho, o Hugo vai dar um salto na qualidade do atendimento”, previu.

Julianna Adornelas (texto e foto)/Instituto CEM

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde-GO