Foram captados coração, rins, Fígado e córneas. Órgãos vão beneficiar seis pessoas, duas em Goiás, duas no Distrito Federal e duas em São Paulo

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) realizou na tarde desta terça-feira, 14, a primeira captação de órgãos do mês de fevereiro de 2023. A cirurgia foi realizada por equipes de médicos captadores de Goiás, Distrito Federal e da Fundação Banco de Olhos de Goiás (FUBOG). Foram captados coração, rins, fígado e córneas de um doador de de 24 anos, que teve diagnóstico de morte encefálica, após sofrer acidente de trânsito com Traumatismo Cranioencefálico (TCE) grave.

Todo o processo foi conduzido pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT)da unidade em parceria com a Organização de Procura de Órgãos – Hugo (OPO – Hugo). A gerente de Transplantes da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, Katiuscia Christiane Freitas, explica que o primeiro passo para a doação de órgãos é a confirmação da morte encefálica por meio de exames e depois o consentimento da família.

“A OPO e CIHDOTT realizam um trabalho de acompanhamento de todo o processo de morte encefálica. No primeiro momento é feita a validação do diagnóstico, conforme resolução 2.173/2017 do Conselho Federal de Medicina. Durante esse processo, a OPO avalia se o paciente é elegível para uma possível doação. O trabalho é voltado para conclusão do diagnóstico e acolhimento da família de forma que ela compreenda esse diagnóstico, por isso a comunicação é tão importante”, afirmou.

Katiuscia destaca que quando a família concorda com a doação, a OPO inicia a fase de exames de seleção dos receptores e distribuição dos órgãos e tecidos conforme o Sistema Nacional de Transplantes. Após essa seleção é organizada logística área e terrestre conforme local de transplante dos receptores.

“A equipe insere os dados, características e exames do doador no sistema para gerar a seleção de receptores. A fila de córnea é na sequência de inscrição, já a de rins é por compatibilidade de sangue sangue e de histocompatibilidade (HLA). Os órgãos que não fazemos aqui como coração, pulmão e pâncreas, ofertamos para outros estados e a Central Nacional de Transplantes organiza a logística”, explicou.

Fonte: Diário da Manhã